A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH) realizou uma reunião crucial com a comunidade do distrito Padre Cícero, em Palmeirinha, e associações vizinhas, em conjunto com a Prefeitura de Juazeiro do Norte, para discutir a alocação da água do açude Manoel Balbino, conhecido como “Açude dos Carneiros”.

Durante a plenária, que contou com a participação da sociedade civil, foi decidido alocar 140 litros por segundo para o açude, com planejamento de operar essa vazão até janeiro de 2024. Essa operação dependerá da atuação do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) nas comportas, com a expectativa de elevar o volume de água para cerca de 28,2% da capacidade total do açude.

Durante a apresentação, a COGERH destacou o papel da água no Ceará, representando aproximadamente 46,6% do volume total dos açudes. Também foram abordadas a situação atual dos reservatórios na bacia do Rio Salgado, bem como os planos de gestão relacionados aos termos de outorga e direitos de uso, regulamentados pela comunidade.

Eraldo Oliveira, superintendente da Autarquia de Meio Ambiente de Juazeiro, ressaltou que faz mais de cinco anos que o açude Manoel Balbino não tem capacidade para manter o leito do Rio Carás perene devido às secas prolongadas. Ele enfatizou a importância do próximo passo, que é discutir os critérios de uso das águas do açude Tomaz Orterne de Alencar, localizado no sítio Carás do Umari. Essa discussão é crucial não apenas para Juazeiro, mas também para o município de Caririaçu, já que o vale dos Carás depende do abastecimento constante desses dois açudes públicos, que infelizmente não têm mantido um fluxo contínuo de água ao longo do tempo.

Além da AMAJU (Autarquia Municipal de Meio Ambiente de Juazeiro), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (EMATERCE) faz parte do Comitê. Representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos (SEMASP), o vereador Rafael Cearense e o presidente da Câmara de Vereadores de Caririaçu, Marcos Bezerra Araújo, também estiveram presentes na reunião. Essa discussão desempenha um papel vital na gestão responsável dos recursos hídricos na região.